segunda-feira, 23 de março de 2009

O problema é conjuntural, Sr. Eduardo

Todos sabem quão importante e necessário é a restituição da ordem pública no Rio de Janeiro. Por mais complicado que isso seja, a verdade é uma só - Ninguém respeita Lei alguma! Na verdade, a sociedade empurra os seus deveres com a barriga, e assim, firmam uma cultura de mal-educados, preguiçosos e futuros corruptos...
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Se no início, as Leis servem como base fundamental para se manter a paz entre os cidadãos. Na teoria política, a constituição obriga o cidadão a seguir uma série de regras - Ir contra as Leis é desrespeitar o sistema democrático (nós votamos em quem as cria). Assim, fica decidido o por quê e, o quê acontecerá caso algumas delas sejam burladas - No Rio, como em todo o Brasil, a história se inverte, pois a cultura popular incorporou certas infrações numa rede única de "malandragem".
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Ao invés de confessar culpa e, resolver seu problema frente ao poder público, todos preferem oferecer propina, ou fugir das autoridades locais. O pagamento da multa é legal e justa de acordo com a gravidade do erro; do contrário, o jeitinho brasileiro relaxa certas atitudes através da impunidade - Pois a gravidade desse problema, não é aquele caso único e específico, mas sua continuidade e progressão para as gerações seguintes...
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Consequências no futuro
O descaso público foi cultivado com o tempo, ao longo dos anos a desordem era coordenada pelo ex-prefeito Maia. Ao final do seu mandato, todos já estavam saturados de tanta falta para com a cidade, pois lhe faltava até credibilidade! E a maioria critícava sua desatenção, desprezo ou bom senso...
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As políticas públicas devem ser tomadas igualitariamente, ou pelo menos visando um equilíbrio social. Mas infelizmente uma camada ainda sofre por essa forma desonesta de politicagem - Por quê ainda não há zelo entre as partes! O menor interesse seria reorganizar a cidade, aplicando as leis e marcando presença com as instituições municipais, estaduais de maneira efetiva e inteligente.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Entenderam?

Jornal do Brasil, 19 de março, por Felipe Sáles:
Prefeitura lança banco antimendigo, e entidades criticam medida
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RIO - Depois de mais de dois meses de Choque de Ordem, o governo Eduardo Paes apresentou nesta quinta uma nova (e polêmica) arma: os bancos antimendigos, equipados com divisórias para impedir que a população de rua os transforme em cama.
Segundo Paes, toda a cidade vai receber o projeto, que será administrado pela Comlurb e prevê a colocação de garis responsáveis por cada praça, junto à comunidade e ao lado de guardas municipais. Embora a integração entre as pastas seja uma prerrogativa do governo Paes, a Secretaria de Assistência Social confirmou que não está prevista qualquer ação em conjunto.
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A iniciativa foi lançada na manhã de ontem na Praça Paris, onde a Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) deu início ao projeto Gari na Praça, além de mais três bairros. Segundo a companhia, a Cinelândia será o próximo local a receber o banco antimendigo, mas não há previsão de quando isso irá acontecer.
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Entidade critica
A medida, porém, causou revolta em entidades ligadas aos direitos humanos e à ressocialização de moradores de rua, como a Fundação São Martinho, que tem um prédio na Lapa, perto da Praça Paris. Rafael Senna, assistente social da fundação, acredita que a medida servirá apenas para maquiar o problema social.
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– A divisória mostra a que veio o novo governo, excluindo ainda mais os excluídos – criticou. – O governo tira os pobres da rua para dar a sensação de ordenamento urbano a fim de agradar a alguns setores da sociedade. Mas nada mais faz do que maquiar o problema.

segunda-feira, 16 de março de 2009

E à maioria, o quê?

De acordo com Felipe Frisch, do jornal O Globo, em 15 de março de 2009: Uma imobiliária multinacional (Londres) iniciou negócios no Rio de janeiro, dentre as propostas milionárias estão ilhas em Angra dos Reis e apartamentos de luxo na Av. Viera Souto. Nesse tipo de negócio só participam os personagens mais ricos da atualidade no mundo - Como exemplo, a ilha em Angra, está avaliada em 7 milhões de dólares (Ilha Josefa - 80 mil metros quadrados). O caso afronta o leitor, principalmente o carioca, quando cita a presença do atual prefeito Eduardo Paes, no lançamento oficial da imobiliária no Rio...
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Todos já conhecem o estilo do prefeito Paes, cuja politicagem é tão midiática quanto a do governador Cabral; pois mesmo que nada seja feito, essa pessoa deve sempre exibir o poder que o cargo lhe oferece. Deve-se também, reconhecer a importância de sua presença em setores tão nobres da sociedade. Por que seria óbvio dizer como um evento desses distingue a maioria das minorias...ao contrário, Paes reforça a aliança histórica entre os políticos - Quando o poder influencia a riqueza, ou isso, vice-versa!

segunda-feira, 9 de março de 2009

Não houve pronunciamento algum...

No município carioca é assim:
"Mulher morre após ter lado errado do cérebro operado em hospital do Rio"

Não há desculpa, muito menos explicação plausível para tamanho desconcerto. Talvez agora, o prefeito Paes tenha sentido o peso e, somente após esse grave ocorrido, sua consciência nunca mais descansará tranquila. Isso é um absurdo!
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Eduardo Paes deveria rever todos os conceitos antes aplicados, ou relembrar os argumentos já ditos. Tinha por obrigação que explorar suas secretarias, a fim de transformar a atual condição. Se aliança é um lema, que ela seja melhor aplicada nas necessidades da sociedade, não em prol de politicagens baratas!
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Por que um culpado não é o bastante? Porque tudo se repetirá...Basta o prefeito refletir e transformar, enfim, encarar a sociedade e se comprometer em resolver a conjuntura do problema. Não vale a pena esconder-se da imprensa, pois fugir é covarde e não enfrentá-lo seria inútil. Na verdade, o homem deveria se retratar à família (desculpando-se), já o prefeito do Rio, Eduardo Paes, apenas se pronunciaria à mídia...Mas um verdadeiro político pediria apoio à sociedade para combater tantas mazelas públicas!

quinta-feira, 5 de março de 2009

Salve Jorge

Seu Jorge trabalhava varando a madrugada, enfrentando a correria noturna carioca. Durante a semana era difícil de vê-lo, principalmente, por que armava sua lanchonete-van aos finais de semana. O movimento era intenso e formado basicamente de taxistas e fanfarrões. Sob a luz da Lua, na praça próxima à Igreja, Jorge mantinha o bom humor do brasileiro típico, com dois filhos e uma esposa para sustentar. Seu orgulho era ter onde trabalhar...
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Sempre quando eu voltava do trabalho, fazia um pitstop na van do Jorge. No meio do caminho havia sanduiches, empadas, hotdogs, xtudo, sucos refrigerantes e bolo (tudo preparado por ele e sua fiel esposa). Naquela região desértica, todos se esfomeavam dos quitutes de Jorge Bigode. Lembro-me de ocasiões, quando lanchei acompanhado de policiais militares, guardas municipais ou apenas bêbados sentados ali, no banquinho de plástico. Não havia quem discordasse, o bigode salvava a galera - Os taxistas, inclusive, o apelidavam de mamãe Jorge. Tudo muito engraçado!
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Até um dia:

Na época o prefeito Paes recém tomava posse da cidade e, suas políticas públicas ainda nem eram conhecidas como choque de ordem (apesar de causarem grande estardalhaço). Nessa noite eu voltava de ônibus da Lapa, cortando Botafogo rumo ao Jardim Botânico, onde saltei na altura do viaduto. Lembro-me do jornal informar sobre uma ação da secretaria de ordem pública contra os vendedores ambulantes no centro do Rio - Naquele dia o assunto girou em torno da barata encontrada no óleo usado por um dos barraqueiros. Chegando na van do Jorge, fiz meu pedido e aguardei (a fim de evitar o assunto polêmico ou indigesto). Não houve alternativa, o próximo taxista foi logo exclamando do caos na cidade. Jorge assustado começou a lamentar, irritado e apressado com os pedidos que o esperavam, ou de tantas outras barrigas que já havia alimentado.
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-Em vão, por que desde aquele dia, eu nunca mais vira sua van estacionada ali perto. Fico imaginando o que acontecera com o chefe de família, pessoa correta e acima de tudo, trabalhador. Como será que Jorge agora se sustenta? Ou melhor: Quanto tempo leva à prefeitura regulamentar a situação desses trabalhadores? Estes dependem disso...


segunda-feira, 2 de março de 2009

Há trânsito no sistema político

Se existisse algo que afetasse nossa liberdade incondicional, isso seria a disciplina desmesurada, ou aquela espalhada por entre as camadas...Falo em toque de recolher, ops, choque de ordem exigidos pelas diversas instâncias do poder público municipalizado. No caso do Rio de Janeiro, o prefeito Paes estaria obrigando a Zona Sul e, outros peixes colhidos na rede a se armarem diante da burocracia democrática - Por que se existem Leis, elas devem ser cumpridas por todos os cidadãos. Do contrário é desleal e motivado exclusivamente por questões políticas (no popular: Politicagem)
OBS:
- Enquanto me encaminhava rumo ao trabalho, não havia ônibus algum para onde desejava ir, até finalmente chegar um abarrotado de pessoas. Tamanho era o trânsito que estacionou o ônibus em cima do asfalto borbulhante sob o sol escaldante! Devagar chegamos em frente a UNIRIO e imaginem só, a causa era uma blitz feita pela Corregedoria do Detran-RJ, acompanhados de cinco, não sete reboques (cinco estacionados no canteiro central); dentre os dois, um carro de playboy adesivado com block&lock e uma caminhonete caindo aos pedaços de uma empresa, cujo motorista se portava ao lado, cansado...perdido em tamanho caos!